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dc.contributor.advisorStorck, Alfredo Carlospt_BR
dc.contributor.authorJacobsen, Rafael Bánpt_BR
dc.date.accessioned2023-03-04T03:27:20Zpt_BR
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/255314pt_BR
dc.description.abstractO presente trabalho tem por objetivo esclarecer de que modo o filósofo judeu Maimônides(1138- 1204) compreende os argumentos aristotélicos em favor da eternidade do Mundo, conforme apresentados no capítulo 14 da Parte 2 da obra Guia dos perplexos, bem como explicar de que forma ele busca refutar aqueles argumentos baseados nas propriedades do próprio Mundo (no capítulo 17 da Parte 2 do Guia) e os argumentos articulados sobre as noções de Deus formadas pela mente humana (vide capítulo 18 da Parte 2 do Guia). Tal esforço de análise de argumentos serve de apoio para examinar possíveis indícios textuais de que, apesar dos contra-argumentos apresentados no Guia, Maimônides, na verdade, aceita a eternidade do Mundo, havendo, pois, um ensinamento de cunho esotérico na obra. Nesse contexto, como exemplos de leituras esotéricas da obra de Maimônides, são discutidas as abordagens de Warren Zev Harvey e Howard Kreisel, que têm em comum a busca por aparentes contradições nos argumentos espalhados pelo Guia como portas de entrada para possíveis ensinamentos destinados a leitores particularmente qualificados, completando e aprofundando a doutrina exposta no tratado. Tal linha de interpretação apoia-se na noção de contradição reveladora, que é apresentada pelo próprio Maimônides na introdução de sua obra, sendo definida como a coexistência de argumentos que tomam por base premissas contraditórias entre si devida à necessidade de “ocultar alguns detalhes e revelar outros” quando se trata de “explicar assuntos muito obscuros”. Como contraponto, negando que Maimônides faça uma defesa velada da eternidade do Mundo, são discutidas as posições de Herbert Davidson e Kenneth Seeskin, os quais negam a existência desse tipo de contradição no Guia dos perplexos e defendem que, caso pretendesse concordar com as visões cosmológicas (e cosmogônicas) de Aristóteles, Maimônides o teria feito explicitamente e interpretaria a tradição religiosa judaica de acordo com isso. Desse modo, pretende-se desenhar um panorama do estado da arte na candente discussão sobre as aparentes contradições existentes no Guia dos perplexos e a sua relação com possíveis posições ocultas de seu autor.pt_BR
dc.description.abstractThe present work aims to clarify how the Jewish philosopher Maimonides (1138-1204) understands the Aristotelian arguments in favor of the eternity of the World, as presented in chapter 14 of Part 2 of the book Guide for the perplexed, as well as to explain how he seeks to refute those arguments based on the properties of the World itself (in chapter 17 of Part 2 of the Guide) and also the arguments based on notions of God formed by the human mind (see chapter 18 of Part 2 of the Guide). Such effort of argument analysis serves as support to examine possible textual hints that, despite the counter-arguments presented in the Guide, Maimonides, in fact, accepts the eternity of the World, thus sustaining an esoteric teaching in his work. In this context, as examples of esoteric readings of Maimonides' work, the approaches of Warren Zev Harvey and Howard Kreisel are discussed, which have in common the search for apparent contradictions in the arguments spread throughout the Guide as gateways to possible teachings aimed at particularly qualified readers, completing and deepening the doctrine exposed in the treatise. This line of interpretation is based on the notion of revealing contradiction, which is presented by Maimonides himself in the introduction to his work and defined as the coexistence of arguments based on mutually contradictory premises due to the need to “hide some details and reveal others” when it comes to “explaining very obscure subjects”. As a counterpoint, denying that Maimonides makes a veiled defense of the eternity of the World, the positions of Herbert Davidson and Kenneth Seeskin are discussed: both refuse the existence of this type of contradiction in the Guide for the perplexed and argue that, if he intended to agree with cosmological (and cosmogonic) views of Aristotle, Maimonides would have done so explicitly and would have interpreted the Jewish religious tradition accordingly. In this path, it is intended to draw an overview of the state of the art in the vivid discussion about the apparent contradictions existing in the Guide for the perplexed and its relation with possible occult positions of its author.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectMaimonides, Moses, 1135-1204pt_BR
dc.subjectGuide for the perplexeden
dc.subjectEsotericismen
dc.subjectVitoria, Francisco de, 1486?-1546pt_BR
dc.subjectEsoterismopt_BR
dc.subjectEternity of the Worlden
dc.subjectEternidade do mundopt_BR
dc.subjectReligiao judaicapt_BR
dc.subjectFilosofia judaicapt_BR
dc.titleA contradição como método : leituras esotéricas da refutação de maimônides à eternidade do mundopt_BR
dc.typeTrabalho de conclusão de graduaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001163082pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2022pt_BR
dc.degree.graduationFilosofia: Bachareladopt_BR
dc.degree.levelgraduaçãopt_BR


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