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dc.contributor.advisorOliveira, Tobias Espinosa dept_BR
dc.contributor.authorFranco, Bianca Vasconcelos do Evangelhopt_BR
dc.date.accessioned2024-03-09T05:03:33Zpt_BR
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/273204pt_BR
dc.description.abstractUm chavão costumeiramente difundido é de que somos produto de nossas experiências. Menos destacado, no entanto, é o fato de que as pessoas, quando submetidas a uma mesma experiência, podem reagir de modo muito distinto. A literatura mostra, por exemplo, que uma reprovação pode tanto provocar nos(as) estudantes a desistência de um curso como pode fomentar o engajamento nas disciplinas para que consigam superar o desafio de se diplomar. Estudantes são agentes que ativamente avaliam, reagem e refletem sobre suas experiências, atribuindo sentido a elas. Desse modo, a tese que defendemos nesta pesquisa é: A intenção de persistência de estudantes universitários é influenciada pelo sentido que eles(as) atribuem às experiências mais significativas do curso, e esses sentidos são construídos a partir dos processos autorregulatórios desencadeados nessas experiências. Com o intuito de dar suporte a essa tese, realizamos um estudo empírico e uma proposta de ação de fomento à persistência, por meio dos quais buscamos responder à seguinte questão geral de pesquisa: Como os sentidos atribuídos para as experiências universitárias de reprovação influenciam a intenção de persistência dos(as) estudantes? Como atividades de fomento à persistência pautadas na antecipação e ressignificação das experiências universitárias podem influenciar os sentidos construídos/atribuídos e, consequentemente, a intenção de persistir? Nos amparamos então, no Estudo I, no conceito de autorregulação para investigar: i. os principais sentidos (que resultam da mobilização de subfunções autorregulatórias de autoavaliação, atribuição causal e autorreação) que os(as) estudantes de graduação (Bacharelado e Licenciatura) em Física ou em Ciências com ênfase em Física atribuem às experiências de reprovação, e ii. como a autorregulação acadêmica e o sentido atribuído à reprovação influenciam na intenção de persistir nos cursos. Com base nas correlações identificadas entre autorregulação e intenção de persistência, planejamos e implementamos, uma ação de fomento à persistência pautada pela sistematização de atividades dirigidas para o Programa de Mentoria do IF/UFRGS, avaliando as implicações de tais atividades na intenção de persistência dos(as) participantes, bem como nos processos autorregulatórios e de ressignificação do sentido atribuído às experiências de reprovação. Cabe destacar que tomamos o sentido como a parte conotativa dessas experiências, de modo que ele envolve aspectos subjetivos, culturais, emocionais, sendo a atribuição de sentido um processo dinâmico, crítico, cíclico e iterativo. Ao atribuírem sentido às experiências, os indivíduos mobilizam processos autorregulatórios, ou seja, mobilizam subfunções com o objetivo de regular seus comportamentos e metas a partir de ações autogeradas. Para investigarmos a autorregulação e suas subfunções, nos embasamos na Teoria Social Cognitiva de Albert Bandura e nos modelos de autorregulação da aprendizagem de Barry Zimmerman e Pedro Rosário. Para analisar os elementos que influenciam na intenção de persistência dos(as) estudantes, fomos dirigidos pelo modelo interacionista de Vincent Tinto, que propõe que experiências vivenciadas no âmbito acadêmico e social da instituição, assim como a integração e o envolvimento dos(as) estudantes nesses espaços, influenciam a intenção de persistir ou evadir do curso. De acordo com Tinto, a persistência do(a) estudante é uma manifestação da motivação para persistir, e essa, por sua vez, é influenciada por um conjunto de construtos, quais sejam: i. crenças de autoeficácia; ii. senso de pertencimento; e iii. percepção da relevância curricular. No Estudo I, alinhados com a perspectiva de estudo de caso exploratório de Robert Yin, investigamos um grupo de 140 estudantes de cursos de Bacharelado e Licenciatura em Física ou com ênfase em Física, afiliados(as) a Universidades Federais ou Comunitárias, bem como Institutos Federais. Os dados foram coletados por meio de um questionário on-line e analisados em etapas qualitativas e quantitativas. Os resultados desse primeiro estudo evidenciaram que os(as) estudantes, ao passarem por experiências de reprovação, tendem a realizar autoavaliações negativas (e.g., atreladas à incapacidade, não pertencimento, fracasso) que resultam em percepções negativas sobre essa experiência, ou seja, o sentido dessa reprovação passa a ser compreendido como algo negativo. Nossas análises também indicaram que estudantes que atribuíram suas reprovações a causas individuais tenderam a autorreações positivas, demonstrando ter ressignificado o sentido negativo dessa experiência e persistido no curso. Já aqueles(as) que atribuíram suas reprovações a causas intrínsecas ou institucionais, em geral, tiveram reações negativas, demonstrando menor intenção de persistência. Além disso, constatamos que, assim como os construtos propostos no modelo de Tinto, a autorregulação, a autoeficácia para autorregulação e os sentidos que os(as) estudantes atribuem às suas experiências de reprovação (resultantes da mobilização de subfunções autorregulatórias de autoavaliação, atribuição causal e autorreação) também apresentam correlação estatisticamente significativa e moderada com a intenção de persistência dos(as) estudantes no curso. Com base nos resultados obtidos no primeiro estudo, planejamos, executamos e avaliamos uma ação de fomento à persistência, relatando as possíveis implicações da sistematização dessas atividades dirigidas para o programa de mentoria do IF/UFRGS, no semestre letivo de 2023/1. Essa ação contou com a participação de nove mentores(as) e 11 mentorandos(as). No decorrer das atividades, coletamos dados por meio de gravações de áudio e vídeo dos encontros propostos, bem como por meio de questionários de caráter qualitativo, aplicados durantes as atividades, e entrevistas com sete mentorandos(as) que haviam participado de dois ou mais encontros. Os relatos dos(as) estudantes evidenciam que as atividades implementadas, dirigidas para o programa de mentoria do IF/UFRGS, podem influenciar, por meio da modelação social e da reflexão sobre o self, os construtos preditores da persistência, bem como na ressignificação do sentido atribuído à experiência de reprovação.pt_BR
dc.description.abstractA common buzzword is that we are the product of our experiences. Less remarkable, however, is the fact that people, when subjected to the same experience, can react very differently. The literature shows, for example, that a failure can both cause students to dropout of a course and can encourage engagement in the component so that they can overcome the challenge of graduating. Students are agents who actively evaluate, react and reflect on their experiences, attributing meaning to them. Therefore, the thesis we defend in this research is: The persistence intention of university students is influenced by the meaning they attribute to the most significant experiences of the course, and these meanings are constructed from the self-regulatory processes triggered by these experiences. In order to support this thesis, we carried out an empirical study and a proposal for action to promote persistence, through which we sought to answer the following general research question: How do the meanings attributed to university experiences of failure influence students' intention to persist? How can activities to promote persistence based on the anticipation and reframing of university experiences influence the constructed/attributed meanings and, consequently, the intention to persist? We then, in Study I, relied on the concept of self-regulation to investigate: i. the main meanings (resulting from the mobilization of self-regulatory subprocesses such as self-assessment, causal attribution, and selfreaction) that undergraduate students (Bachelor's and Teaching degrees) in Physics or in Sciences with an emphasis on Physics attribute to experiences of academic failure, and ii. how academic selfregulation and the meaning attributed to failure influence the intention to persist in the courses. Based on the correlations identified between self-regulation and persistence intention, we planned and implemented an action to promote persistence based on the systematization of activities aimed at the Mentoring Program of IF/UFRGS, assessing the implications of such activities on the persistence intention of participants, as well as on self-regulatory processes and the redefinition of meaning attributed to experiences of academic failure. It is noteworthy that we consider meaning as the connotative part of these experiences, involving subjective, cultural, and emotional aspects, with the attribution of meaning being a dynamic, critical, cyclical, and iterative process. When individuals attribute meaning to their experiences, they engage in self-regulatory processes, mobilizing subfunctions with the aim of regulating their behaviors and goals through self-generated actions. To investigate self-regulation and its subfunctions, we draw on Albert Bandura's Social Cognitive Theory and the models of learning self-regulation by Barry Zimmerman and Pedro Rosário. To analyze the elements that influence students’ intention to persist among students, we were guided by the interactionist model of Vincent Tinto. This model proposes that experiences within the academic and social spheres of the institution, as well as the integration and involvement of students in these spaces, impact their intention to persist or withdraw from the course. According to Tinto, student persistence is a manifestation of motivation to persist, and this, in turn, is influenced by a set of constructs, namely: i. self-efficacy beliefs; ii. sense of belonging; and iii. perception of curricular relevance. In Study I, aligned with Robert Yin's exploratory case study perspective, we investigated a group of 140 students from Bachelor and Degree courses in Physics or with an emphasis in Physics, affiliated with Federal or Community Universities, as well as Federal Institutes. Data were col Data were collected through an online questionnaire and analyzed in qualitative and quantitative stages. The results of this first study showed that students, when going through failure experiences, tend to carry out negative self-assessments (e.g., linked to disability, non-belonging, failure) that result in negative perceptions about this experience, that is, the meaning of this failure comes to be understood as something negative. Our analyzes also indicated that students who attributed their failures to individual causes tended to have positive self-reactions, demonstrating that they hand ressignified the negative meaning of this experience and persisted in the course. On the other hand, those who attributed their disapprovals to intrinsic or institutional causes, in general, had negative reactions, demonstrating less intention of persistence. In addition, we found that, like the constructs proposed in Tinto's model, selfregulation, self-efficacy for self-regulation and the meanings that students attribute to their failure experiences (resulting from the mobilization of self-regulatory processes of self-evaluation, causal attribution and self-reaction) also present a statistically significant correlation with the students' intention to persist in the course. Based on the results obtained in the first study, we planned, executed and evaluated an action to promote persistence, reporting the possible implications of the systematization of these activities aimed at the IF/UFRGS mentoring program, in the semester academic year 2023/1. This action included the participation of nine mentors and 11 mentees. During the activities, we collected data through audio and video recordings of the proposed meetings, as well as through qualitative questionnaires administered during the activities. Additionally, interviews were conducted with seven mentees who had participated in two or more meetings. The results of this The results of this action demonstrate that the implemented activities, directed towards students’ reports show that the activities implemented, aimed at the mentoring program at IF/UFRGS, can influence, through social modeling and self-reflection, the predictor constructs of persistence, as well as the redefinition of the meaning attributed to the experience of academic failure.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectAutorregulaçãopt_BR
dc.subjectPersistenceen
dc.subjectAtribuição de sentidopt_BR
dc.subjectSelf-regulationen
dc.subjectPertencimentopt_BR
dc.subjectSelf-efficacy for self-regulationen
dc.subjectCurrículopt_BR
dc.subjectSelf-efficacy beliefsen
dc.subjectSense of belongingen
dc.subjectMentorespt_BR
dc.subjectPerception of curriculum cultureen
dc.subjectMentoring programen
dc.titleAutorregulação e persistência universitária : o sentido das experiências universitárias nos cursos de Física como um elemento decisivo da persistência estudantilpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coHeidemann, Leonardo Albuquerquept_BR
dc.identifier.nrb001197639pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Físicapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ensino de Físicapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2024pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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